segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Pá pá pá pá














Lembro-me da primeira vez que ouvi Lou Reed no Velvet Underground. Uma miséria de vida. Como eu havia sobrevivido até aquele momento sem o Velvet ?
É isso que a música faz por você.

Utilizar uma música na sua vida, é um negócio muito sério. É fazer uso dos sentimentos de outra pessoa, que num momento orgásmico ou fudido (é...) da vida dela, soltou tudo lá, e anos depois, você, usurpador, utiliza-a para beijar, amassar, comer, comer, estudar ou ainda pior, matar alguém (sim, eu duvido que terroristas não tenham um CD).

Certamente há músicas e músicas. Como há bandas e bandas. E cantores e cantores. Eu já tive bandas pílulas, de uma música só. E algumas que me acompanharão até o fim da vida - quem sabe até além dela.

Houve algumas de meses e outras de semanas. Momentos bons. Namoros. Fases. Talvez seja o pior que se possa fazer por algum som. Você o usa cafajestamente por algum tempo, enquanto lhe convir, e depois, pé na bunda. Anos mais tarde, naquela tarde fossa, do lado do gim tônica, você se lembra dela, e põe o CD. Nada mais sacana com os sentimentos de um compositor.
(aconteceu comigo, e o Oasis).

Posso relacionar aqui, cinco músicas que marcaram a minha vida. Mas não fará sentido algum, a não ser que você esteja incluído no momento em que elas soaram pela primeira vez.
Posso apenas...hum, um dia, você descobre o melhor som da sua vida (ou os melhores, porque há muita coisa boa por aí).
Compra CD´s, estuda acordes, vasculha as vidas dos caras.
E os introduz (é...) na sua vida.

Se eu pudesse, por exemplo, encontrar alguém lá de baixo, eu encontraria o Lou Reed, com certeza. É algo muito pessoal, íntimo mesmo.

- Pô, você é um fudido!! Valeu, cara!

2 comentários:

  1. Tô com preguiça de ler.

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  2. já ouviu tom waits ???

    gostou do tom zé que mandei ontem ???

    ;-)

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