sábado, 10 de setembro de 2005

O homem que enfiou um abacaxi no fiofó do general.



O bonitão, Sir. Heisenberg.

Impressiona-me a quantidade de descobertas que assolam o mundo. Os cientistas, biólogos, pesquisadores idolatram os gênios de suas áreas. Einstein, Darwin, Fleming (o maldito britânico bem relacionado com jornalistas da época, que levou a fama dos médicos Howard Florey e Ernst Chain – os verdadeiros criadores da penicilina), Morse, Bell, Newton, Pasteur, Mendel...

Apesar de reconhecer os tais grandes feitos dos senhores acima, e condecorá-los por não se renderem às limitações e proibições de suas épocas, já que em minha geração a tecnologia e a preguiça de qualquer espécie leva para a vala da mediocridade – o senso comum – quase todos os nascidos entre o fim do século XX e início do XXI, há uns caras que despertam em mim o verdadeiro fascínio e tesão da descoberta: Bohr, Schrödinger, Planck, Heisenberg, De Broglie, Compton e Pauli. O grande clã da física quântica.

A física quântica trouxe milhares de explicações orgásmicas sobre a interação dos átomos no núcleo. Do efeito fotoelétrico a constante de Planck, do méson-pi de Lattes ao efeito Compton e a dualidade onda-partícula.

Entretanto, o “Princípio das Incertezas” de Heisenberg, é o meu acontecimento pessoal. É a única descoberta científica que desperta em mim, um lado Fleming. O alemão Werner Karl Heisenberg, foi nomeado diretor científico das pesquisas nuclares alemãs durante o governo Hitler, apenas aceitou o cargo para tentar impedir que utilizassem a energia nuclear para fins bélicos. E de fato o conseguiu: convenceu os governantes da inviabilidade econômica da construção de bombas atômicas,o que levou a Alemanha para o caminho da pesquisa nuclear apenas em reatores atômicos. Ao contrário dos malditos americanos – o grupo Americano de Los Alamos, dirigido por Oppenheimer, conseguiu o feito. E bombardeou as cidades japonesas, antes da rendição, na segunda Guerra.

O princípio diz, em síntese: “se não é possível determinar exatamente todas as condições iniciais de um sistema, então também não é possível prever seu comportamento futuro. Os fenômenos não podem ser previstos exatamente; só é possível estabelecer a probabilidade de que algo aconteça”.


Heisenberg faz com que eu admire alguns cientistas e ainda suspire por um pouco de ética e honestidade nos meios políticos, econômicos e sociais. Após estudar o alemão que fez Hitler tomar no cú, eu passei a cultivar algumas paixões compulsivas por estudiosos dos comportamentos humanos e pela literatura. Antes eu sonhava em conhecer a Abadia de Westminster (que foi consagrada no dia de meu aniversário) e os túmulos de Sir. Issac Newton, Laurence, Dickens; mas perdi o tesão quando a senhora Lady Di, foi mandada para lá.

Hoje, se pudesse ter atendido tal desejo, gostaria de conhecer as progenitoras de cidadãos ilustres como o senhor Sérgio Buarque de Holanda, Celso Furtado, Darcy Ribeiro, Milton Santos, Simon Schwartzman, Eça de Queirós, Machado de Assis, Victor Hugo, Virginia Wolf, Guimarães Rosa, Sartre, Niet e é claro, Pessoa. E não lhes daria parabéns. Passaria horas, admirando-as, e pensando “que dádiva foi aquela gozada, senhora”.

7 comentários:

  1. Nossa, vc está caindo para a baixaria, que frase eh essa?"que dádiva foi aquela gozada, senhora"? Pelo amor de Deus... onde vamos parar?
    Já sei, vamos parar onde nós já estamos, no fundo do poço.
    E qual é a loucura de hoje que será a verdade amanhã? Minhas loucuras serão a verdade de amanhã e eu dominarei o mundo pois se não o fizer vou achar q minha vida foi em vão, me sentirei mais vazio do q já sou... e eu tb vou descobrir muitas coisas e ajudarei a humanidade a progredir e todos serão gratos a mim por isso...
    Tá... mas eh verdade isso... isso não pode ser previsto exatamente mas possui suas possibilidades... muito grande por sinal.
    Princípio da incerteza... parace até piada isso...
    E eu comento... sempre... ao contrário de certas pessoas.
    Bjos

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  2. Cansei de ser o primeiro.

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  3. li duas ou três vezes e fiquei pensando em um "elogio inteligente" para fazer à esse texto; mas nessa tarde chuvosa a preguiça de pensar é grande e não sairia nada à altura do que você escreveu...mas como a mãe de Pessoa foi devidamente citada, resolvi "colar-copiar" algo feito pelo filho da distinta para compensar minha falta de palavras...
    :-)

    "Sou o Espírito da treva,
    A Noite me traz e leva;

    Moro à beira irreal da Vida,
    Sua onda indefinida

    Refresca-me a alma de espuma...
    Pra além do mar há a bruma...

    E pra aquém? há Cousa ou Fim?
    Nunca olhei para trás de mim..."

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  4. Sensacional teu título. Sensacional o texto. Daniel Patife, Daniel Patife, a mina tá mesmo querendo ser jornalista. Deixa de fazer a cabeça dela, po.

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  5. Vives, eu não tnho nada haver com isso! Todo o texto é obra e mérito da Rapha.
    Texto mais uma vez genial, menina!
    E o principio da incerteza deveria sempre reger nossos dias.
    Beijos
    P.s.: Só posso parabenizá-la!

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  6. Oi Raphinha, estou com saudades! Vou ver se consigo te ligar na semana que vem!
    Está tudo indo mais ou menos.
    Espero que esteja bem!
    Abraços saudosos! Lá

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  7. Atualizar pra q?
    E depois reclama da minha verificação de palavras.

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